Neste domingo, 1º de maio, comemoramos o Dia do Trabalho. Apesar de estar muito vinculada aos trabalhadores celetistas, a data não se resume a estes, visto que o representante comercial também conhece muito dessa rotina.
Os desafios do caixeiro viajante incluíam, além dos deslocamentos por um Brasil com rodovias ainda incipientes, poder colaborar com uma indústria em plena transformação e com o desejo de levar oportunidades para o interior do Brasil, até então privilégio das regiões litorâneas.
Vencidos os desafios iniciais, aquela figura ganhou nova roupagem em 1965, com o advento da Lei 4886, que regulamentou a atividade de representação comercial, dando status mais “empresarial” à atividade, mas com a força de trabalho do representante sendo o principal ativo dessa relação.
A modernização avançou em todos os setores. Pedidos despachados pelos correios passaram a ser enviados por fax. O telefone passou a ser um importante aliado, talvez imprescindível. O trabalhador representante comercial se via cada vez mais exigido, sempre acompanhando e se adequando às mudanças socioeconômicas.
A década de 1990 apresentou a internet para o mundo, mas seus desafios chegaram ao longo dos anos 2000, trazendo novos instrumentos de vendas ao representante, e um novo e grande concorrente: o e-commerce.
A pandemia de COVID-19 catalisou mudanças que talvez levassem anos para serem concretizadas. O atendimento direto ao cliente, que era o grande diferencial dessa classe, acabou sendo necessariamente suspenso, criando a necessidade de diversificação no exercício efetivo da profissão.
Facebook, WhatsApp, Instagram, videochamadas, videoconferências, lives, passaram a ser expressões do cotidiano dos representantes comerciais, que se utilizaram desses instrumentos para estreitar a relação com seus clientes e, assim, concorrer com as vendas on-line.
Superar os desafios atualmente propostos, lidar com artifícios modernos – sem abandonar os “antigos”, atender seus clientes com pessoalidade e excelência, desembaraçar adversidades, demandar cobranças, encaminhar reclamações, e ainda ter que fazer isso muitas vezes sob pressão das representadas, são premissas que demonstram que o dia internacional do trabalhador é também dia do trabalhador representante comercial.
No próximo Dia do Trabalhador, em 1º de maio de 2023, quem sabe não falaremos da atuação desse profissional no metaverso, e não é o tempo quem dirá, mas sim as necessidades e desafios que marcam essa nobre e essencial profissão.
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